É frequente a representação dos ordinais por meio de algarismos, seguidos ou não de ponto, com um pequeno o/a alçado à direita: 14.º ou 14º. Nota-se actualmente uma preferência pela segunda das formas, mais económica.
Contra esta preferência se insurgem os faxineiros de serviço maria regina rocha e josé mário costa. Ela, licenciada-em-qualquer-coisa-de-letras; ele, jornalista-comerciante e compropietário (a meias com a slp, ao que parece) da seita do ciberduvidas. http://ciberduvidas.sapo.pt/pelourinho.php?rid=491
Que não, clamam os ilustres faxineiros. A abreviatura dos números ordinais, dizem, terá de levar o tal pontinho posposto para não se confundir com a grafia de grau angular ou grau Celsius.
Ora, só um mentecapto seria capaz de interpretar v. g. art. 14º como artigo catorze graus.
Ademais, não se trata aqui propriamente de abreviação. Efectivamente, abreviar, neste contexto, significa cortar algumas letras a um vocábulo, representando-o de forma mais económica. Por exemplo: seg.[undo]. Esse corte é geralmente denotado por meio de um ponto posposto à abreviatura (ponto abreviativo).
Oram digam lá os ilustres indígenas como se pode chegar a 14.º abreviando, cortando letras a décimo-quarto?
Trata-se, por conseguinte, de uma representação convencional dos ordinais por meio diverso da abreviação vocabular. Assim, 14.º e 14º são convenções igualmente válidas.
A segunda forma, sem ponto posposto, vai-se impondo na prática, nenhum mal vindo daï ao mundo. Prática, aliás, já introduzida na imprensa oficial do Brasil. Pelo andar da carruagem não tardará a ser acolhida pela imprensa oficial deste jardim à beira mar torturado.
Dignatário é um termo incorrecto, utilizado por influência de dignar, digno. O termo correcto é dignitário, proclama a faxineira de serviço maria regina rocha. http://ciberduvidas.sapo.pt/pelourinho.php?rid=715
Certo é que dignatário, como nota o dicionário Houaiss, não é forma errónea e ocorre desde o século XIX. É formado do radical do part. pas. do verbo dignare sob a forma dignat(us) + -ário. A derivação. de dignatário é normal na língua e ocorre igualmente em destinatário (destinat[us] + -ário), adjudicatário (adjudicat[us] + -ário), assim como abandonatário, abdicatário etc.
É verdade que o francês tem dignitaire, o italiano dignitario e o inglês dignitary. Mas o espanhol tem apenas dignatario.
O grande Gonçalves Viana não teve pejo em registar dignatário a par de dignitário no seu Vocabulário.
Mas de que adianta um Viana ou um Houaiss contra uma sirigaita licenciada pra falar besteira?
Um dos integrantes da seita do ciberduvidas dá-se pelo pseudónimo de dê apóstrofo silvas filho marca registada (sic!) http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=19490
Não fazemos ideia das razões de tão espalhafatoso criptónimo. Segundo o meu primo Inácio, por detrás estará um engenheiro reformado cujo nome de baptismo será manuel mata da nazaré. Bem, mata e silvas condizem. Chi lo sa? http://www.dsilvasfilho.com/index.htm
Seria assim que o vetusto josé neves henriques, corifeu da slp (sociedade de língua portuguesa), gostaria de nos ouvir linguajar.
Diz este antigo professor do colégio militar do tempo da outra senhora (ergo, salazarento?):
Sabemos que a terminação –ette das palavras francesas corresponde à terminação –eta (-êta) das palavras portuguesas.
http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=12174
E, vai daí, conclui com um tour de force que deveríamos dizer:
omelêta, biciclêta, camionêta, babêta, disquêta, manchêta, toalêta e quejandos.
Presumo que verdadeiramente feliz ficaria este velho galicida se todos passassem a dizer: saboreando uma tabuinha ao som de uma caixinha.